sexta-feira, 2 de setembro de 2016

LIÇÃO 10: O PODER DA EVANGELIZAÇÃO NA FAMÍLIA




SUBSÍDIO I

O Poder da Evangelização na Família

O primeiro grande desafio da evangelização, geralmente, se dá em nossa família. Ali, nossos pais, filhos, cônjuges ou outros parentes presenciarão o impacto da transformação que o Evangelho trouxe às nossas vidas. É no âmbito da família que surge a primeira experiência de proclamar a Jesus mediante tudo o que Ele é e representa para nós. Em primeiro lugar, essa experiência de anúncio reflete a experiência de salvação em Cristo por intermédio do nosso comportamento. Ninguém melhor que a nossa própria família para constatar a transformação presente em nossa vida. Esse processo é que nos dá o álibi de explicar o que aconteceu para que as pessoas ficassem tão impressionadas com uma nova pessoa que se mostra diante delas. Muitas se acham surpreendidas por isso.
Quando se tem a oportunidade e abertura para isso, um instrumento valioso para se evangelizar a família é o Culto Doméstico. Ali, cantamos ao Senhor, testemunhamos da sua graça, meditamos em sua Palavra e podemos perceber o caráter de Deus sendo forjado em nossa mente e coração. O encontro com a Palavra no seio da família pode ser um momento singular de evangelização familiar. Além da dinâmica do culto, mencionado por nós, os símbolos de nossa fé também chamam atenção de nossa parentela: o nosso hinário, a Bíblia Sagrada, os livros cristãos, os CDs de músicas que tocam a alma. Enfim, cada gesto, cada símbolo e cada momento presente no culto doméstico são uma belíssima oportunidade e privilégio de anunciarmos Jesus, nosso Rei, Senhor e Cristo.
Para além de evangelizar a nossa família, por intermédio do anúncio verbal da Palavra de Deus, outro instrumento bem relevante é o nosso testemunho no lar. Não há maneira mais eficaz de evangelizar a nossa família que por intermédio da nossa vida no lar. Do mesmo modo, uma palavra falada sem a confirmação do comportamento perde toda a sua relevância. Não se pode evangelizar em família sem o compromisso de demonstrar na prática de vida uma conversão sincera. Hoje, não podemos nos dar ao luxo de falar ou pregar sem o compromisso com a nossa vida. A sociedade não respeita, nem muito menos aceita, um discurso dúbio, apenas para ganhar status e angariar novos adeptos. Em nossa família não há lugar para isso! O nosso compromisso é com a Palavra de Deus, anunciando o ano aceitável do nosso Senhor para sempre. Portanto, sejamos sal da nossa família! Sejamos luz em nossa casa!

 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

A Igreja tem a missão de evangelizar Judeia, Samaria e até aos confins da terra (At. 1.8). Mas é importante não esquecer que também temos uma responsabilidade com nossas famílias. A aula de hoje versa a respeito da evangelização dos cônjuges, filhos e demais parentes, quando esses não são crentes. No início da aula trataremos a respeito da constituição da família cristã, em seguida encaminharemos estratégias sobre como ganhar nossos entes queridos para Cristo.

1. A FAMÍLIA QUE É CRISTÃ

A sociedade ocidental, e mais especificamente os cristãos, estão diante do desafio de apresentarem uma definição do que seja família e casamento. Isso porque o padrão de família normal, em conformidade com a Bíblia, está sendo cada vez mais questionada. A visão judaico-cristã de família, exarada nas Escrituras, está sendo substituída por valores pautados nos direitos humanos. A família cristã, no entanto, parte do pressuposto que a família é uma instituição divina, por conseguinte, Ele, e não os homens, devem determinar a partir de quais princípios a família deve ser estabelecida. A ideologia libertária, que predomina na sociedade, e respaldada pela mídia, propõe um conceito de família que supervaloriza a liberdade humana em detrimento da vontade de Deus. Não existe outro modelo bíblico, e mais especificamente cristão, para a família e o casamento, diferente daquele revelado por Deus. A partir de Gn. 1-3, compreendemos que: 1) o homem e a mulher foram criados à imagem de Deus para governar a terra para Deus; 2) o homem foi criado primeiro e incumbido da responsabilidade final pelo relacionamento conjugal, enquanto a mulher é colocada junto ao homem para ser sua ajudadora; e 3) a queda da humanidade no pecado implicou em consequências negativas tanto para o homem quanto para a mulher. Ao longo do tempo, a família se constituiu, dentro dos parâmetros bíblicos, a partir de um paradigma patriarcal, ou seja, o pai, no Antigo Pacto, era o senhor da família, de cunho heterossexual, isto é, macho e fêmea, e monogâmico, um homem para uma mulher, e vice-versa. Todo cristão deve investir nos valores cristãos em seu lar, e ao mesmo tempo, deve compreender que existe a possibilidade de um ou mais membros não partilharem da mesma fé.

2. QUANDO HÁ PESSOAS DESCRENTES NA FAMÍLIA

O modelo cristão para a família deve ser perseguido por todos aqueles que delas fazem parte. No entanto, devemos estar cientes que nem sempre esse desejo se realiza. Existem famílias que um dos cônjuges se converteu depois do casamento, e nesses casos, o convívio é respaldado pela Palavra de Deus (I Co. 7.12-14). Com sabedoria, principalmente com o genuíno amor cristão, o cônjuge deve ser testemunha do evangelho de Cristo (EF. 5.25). É possível também que os filhos não sejam crentes, por isso os pais também devem investir para que esses tenham o conhecimento da Palavra. É preciso ressaltar que o fato de a família ter pessoas não crentes não faz com que essa deixe de ser uma família. Os crentes não devem se envergonhar por ter um membro da família não-crente. É importante ensinar as crianças a andarem no caminho desde cedo, a fim de que eles não venham a se desviar dele (Pv. 22.6). Esse, porém, é um princípio geral, e não pode ser aplicado indistintamente. Evidentemente, se uma criança é ensinada na Palavra, as chances dessa se desviar são bem menores. Há outro esclarecimento necessário, o texto bíblico de At. 16.25-34 é uma narrativa lucana, que expressa o ocorrido em Filipos. O versículo 31 “crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa” é uma constatação de Paulo para o carcereiro daquela cidade. Qualquer cristão pode orar pela conversão de um membro da família, mas isso não garante que esse tomará sua decisão, pois Deus não obriga ninguém a crer no evangelho. A apropriação desse versículo como se fosse uma promessa não tem respaldo interpretativo, e pode resultar em frustração, caso um dos membros da família não venha a tomar sua decisão por Cristo.


3. COMO GANHAR OS ENTES QUERIDOS PARA CRISTO

Os membros crentes da família devem conduzir seus entes com amor, para que esses venham a perceber a singeleza do evangelho de Cristo. Essa não é uma tarefa fácil, e pode resultar em ansiedade por aqueles que estão imbuídos dessa responsabilidade. Em relação aos filhos, é importante que desde cedo eles sejam ensinados a viver a partir da Palavra de Deus. Isso é necessário porque os filhos dos evangélicos também precisam ter a experiência do novo nascimento (Jo. 3.3). Os pais cristãos devem investir na formação cristã dos seus filhos. Para isso devem dar-lhes uma Bíblia, para que desde cedo amem a Palavra de Deus. Outros recursos também estão disponíveis no mercado evangélico, que favorecem a evangelização, filmes e jogos bíblicos cumprem um papel importante para esse fim. Levá-los a Escola Bíblica Dominical tem tido resultado eficaz no processo de evangelização dos filhos. Os pais que não apenas enviem os filhos para a EBD, mas que também a frequentam com eles, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de uma consciência cristã desde cedo. Em relação à evangelização de cônjuges descrentes, é preciso fazer um esclarecimento: jovens solteiros não podem correr o risco de namorem com pessoas descrentes, sob a justificativa de evangelizá-los, pois isso se constitui em jugo desigual (II Co. 6.14). Estamos tratando aqui de casos em que alguém casado se converteu, e o seu cônjuge não tomou sua decisão pelo evangelho. O cônjuge que não é cristão pode ser alcançado através de demonstrações de afeto, e de cumprimento das responsabilidades e deveres conjugais (I Co. 7.15; I Pe. 3.7). Há cônjuges que após a conversão deixam de dar a devida atenção ao enlace conjugal. Os maridos devem atentar para as necessidades da sua esposa, e esta, por sua vez, deve estar ciente das suas responsabilidades conjugais (I Pe. 3.1-6).

CONCLUSÃO

Devemos reconhecer que existem famílias cristãs compostas por algumas pessoas que não partilham da mesma fé. Cabe a igreja compreender aqueles que estão trabalhando para evangelizá-los. E ajuda-los em oração, para que esses tenham a oportunidade de tomar sua decisão por Cristo. Os membros da família que estão evangelizando seus entes queridos não crentes devem ter paciência. Devem agir também com sabedoria, e tal como Noé, levarão seus familiares para a arca, que é um símbolo de Cristo.

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

O evangelista Lucas narra a transformação operada pelo Evangelho no lar do carcereiro de Filipos. Responsável pela guarda de Paulo e Silas, o zeloso funcionário público foi profundamente tocado pelo testemunho dos missionários que, mesmo presos, oravam e cantavam ao Senhor. E, quando do terremoto que abalou os alicerces do cárcere, ele, tomado pelo medo, perguntou aos apóstolos: "Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?" (At 16.30). Paulo e Silas foram precisos em sua resposta: "Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa" (At 16.31). A decisão do carcereiro abrangeu sua esposa e filhos que, naquela mesma noite, foram batizados. Nesta lição, veremos de que forma poderemos evangelizar os filhos, o cônjuge incrédulo e os vizinhos. O campo missionário começa em nossa casa. [Comentário: Em Atos 16.25-33 encontramos o relato de uma conversão fruto da agonia por uma prisão injusta. Mas foi através dessa injustiça que Deus alcançou o desesperado carcereiro. Ao ruir as paredes da prisão, todos os encarcerados poderiam ter fugido e a pena para aquele carcereiro seria a morte, quando ia suicidar-se, Paulo grita: “Não faça isso! Todos nós estamos aqui!” (At 16.28). Este testemunho de Paulo e Silas tocou o coração do carcereiro e este foi alcançado com a salvação. Notemos que Paulo e Silas não pregaram a Palavra apenas ao carcereiro, mas "a todos os que estavam em sua casa" e assim, aqueles que creram, foram salvos (v. 32). O fato de que a decisão do carcereiro abrangeu sua esposa e filhos que, naquela mesma noite, foram batizados, só foi possível pela exposição do Evangelho em sua casa! Não é o fato de o cabeça do lar ser um salvo que garante à família a salvação, mas o ensino do Evangelho a todos os seus membros. O Rev Hernandes Dias Lopes escreve em seu artigo ‘Quando falta disciplina na família’: “Não existe curso de doutorado em paternidade. Grandes homens fracassaram rotundamente nesse sublime, mas árduo ministério. Um clássico exemplo dessa realidade é o sacerdote Eli. Diz a Escritura que seus filhos eram filhos de Belial e não se importavam com o Senhor (1Sm 2.12). Eli foi juiz e sacerdote de Israel por quarenta anos. Era um homem de Deus, que tinha discernimento das coisas espirituais. Em seu longo ministério, certamente cuidou de milhares de famílias e aconselhou muitos filhos a honrarem seus pais e a obedecerem a Deus. Porém, Eli deixou de disciplinar seus próprios filhos.” http://hernandesdiaslopes.com.br/2014/12/quando-falta-disciplina-na-familia/#.V8TbIBIszIU. Qual foi o problema com Eli? A complacência e conivência com os pecados dos filhos! Eli e sua família são um alerta para nós. Disse J C Ryle: “Conjuro -vos, ó pais, a que se esforcem até ao fim para ensinarem a vossos filhos no caminho em que devem andar. Conjuro-vos não apenas por causa das almas deles; eu vos conjuro por causa da vossa própria consolação e paz futuras. A vossa própria felicidade depende verdadeira e grandemente disso. Os filhos são a causa das lágrimas mais tristes que um homem jamais derramou”. The Duties of Parents, pp. 36-37.]Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

I. EVANGELIZANDO OS FILHOS

Os pais não podem acompanhar os filhos por toda a vida, mas devem assegurar-se de que eles, mediante a educação que receberam, tomarão boas decisões e não se desviarão jamais da fé. [Comentário: A família está sendo atacada com rigor desmesurado por aqueles que deveriam protegê-la. Os legisladores, os governantes, os magistrados, a imprensa, a mídia, a academia, os formadores de opinião, em vem de fazer uma cruzada em favor da família, muitas vezes, drapejam suas bandeiras contra ela. Querem desconstruí-la. Querem acabar com o gênero. Querem confundir os papéis. Querem jogá-la na região cinzenta do relativismo absoluto. Querem zombar da honra e aplaudir o vício. É lamentável que aqueles que legislam, governam e julgam, não raro, não manifestam qualquer compromisso com os castiços valores cristãos que forjaram, guiaram e protegeram a família ao longo dos séculos. Destruir os fundamentos da família, entretanto, provoca um colapso na própria sociedade. Lutar contra a família, como legítima instituição divina, é conspirar contra nós mesmos, é declarar uma guerra insana para a nossa própria destruição.” Hernandes Dias Lopes em ‘Família, nosso maior patrimônio’, disponível emhttp://hernandesdiaslopes.com.br/2014/05/familia-nosso-maior-patrimonio/#.V8TbOBIszIU]

1. Por meio do culto doméstico. Este é o momento em que toda a família reúne-se para louvar a Deus, conhecê-lo mais intimamente e buscar a sua bênção. O culto doméstico deve ser diário e envolver a todos. Cada família marcará o horário mais apropriado. As crianças que não sabem ler aprenderão ouvindo as histórias bíblicas e os cânticos. As maiores acompanharão a família na leitura alternada do texto sagrado. Durante o período de oração, que também deve contemplar a idade de cada filho, a esposa, ou o marido, apresentará pedidos ao Senhor, agradecendo pelas bênçãos já recebidas. [Comentário: É lamentável que nós estamos dando a Deus aquilo que sobra dos nossos bens, dos nossos talentos e do nosso tempo. Estamos mais preocupados com o aqui e agora, correndo atrás dos nossos próprios interesses em detrimento do reino. Precisamos buscar em primeiro lugar o reino de Deus. Precisamos investir as primícias da nossa renda na promoção do Seu reino. Nesse negócio entra com toda a importância o culto doméstico. Todo pai e mãe tementes a Deus deveriam implantar e manter o culto doméstico em seus lares. Provérbios 22.6 diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Essa regra tem se confirmado ao longo dos séculos. De modo semelhante o Salmo 78.5-7 também diz: “Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem (isto é, os louvores do Senhor e as Sua maravilhosas obras) a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes”. Nossa felicidade pessoal e familiar alcançarão sua plena realização, quando essas prioridades estiverem alinhadas em nossa vida.]
2. Através dos símbolos cristãos. Os pais israelitas foram instruídos a fazer menção do Senhor aos filhos, e a narrar-lhes os feitos divinos em todas as ocasiões. Eles o faziam através de lembretes escritos, rituais e monumentos (Dt 6.6-9; Êx 12.25-27; Js 4.5-7). Em nossa casa, as Bíblias, os hinários e  os livros cristãos devem estar sempre visíveis e ao alcance das crianças. É importante que também haja boa música evangélica e filmes bíblicos. Que o Evangelho seja visto, ouvido e vivido em nosso lar. [Comentário: A palavra "símbolo" é derivada do grego antigo symballein, que significa agregar. Seu uso figurado originou-se no costume de quebrar um bloco de argila para marcar o término de um contrato ou acordo: cada parte do acordo ficaria com um dos pedaços e, assim, quando juntassem os pedaços novamente, eles poderiam se encaixar como um quebra-cabeça. Os pedaços, cada um identificando uma das pessoas envolvidas, eram conhecidos como symbola. Portanto, um símbolo não representa somente algo, mas também sugere "algo" que está faltando, uma parte invisível que é necessário para alcançar a conclusão ou a totalidade. Consciente ou inconscientemente, o símbolo carrega o sentido de unir as coisas para criar algo maior do que a soma das partes, como nuanças de significado que resultam em uma ideia complexahttp://peregrinodecristo.blogspot.com.br/p/os-simbolos-e-seus-significados.html. os símbolos têm grande importância na comunicação do Evangelho. as Escrituras abundam em símbolos. O tanque batismal, a mesa da ceia, o pão, o vinho, o púlpito, o azeite, o anel de casamento, são alguns remanescentes que testemunham dessa importância.]
3. Levando-os à igreja. Se ir à casa de Deus não fosse importante, Elcana não se daria ao trabalho de levar consigo Ana e Penina, com todos os seus filhos e filhas, ao local de adoração (1 Sm 1.3,4). Sozinho, ele subiria a Siló mais rápido e facilmente. Entretanto, sabia que toda a sua família precisava participar do culto ao Senhor. O próprio Jesus, embora Deus, era conduzido regularmente por seus pais ao Santo Templo (Lc 2.22, 41,42). Levar os filhos à igreja não é simplesmente acompanhá-los até a porta e deixá-los lá, para buscá-los mais tarde. Também não é correto deixar o cônjuge e os filhos em casa e ir sozinho à igreja. Toda a família deve estar presente aos cultos e à Escola Dominical. [Comentário: A salvação é individual. Paulo disse que “cada um” será julgado “perante o tribunal de Cristo” (2Co 5.10). Não seremos julgados coletivamente como famílias. Quando se trata da responsabilidade de participar de uma igreja, uma congregação local, o Novo Testamento não deixa dúvida. Além de muitos exemplos no livro de Atos e referências nas epístolas, encontramos instruções específicas que exigem a nossa participação nas reuniões de uma igreja. O autor de Hebreus claramente condena a atitude de pessoas que deixam de se congregar, porque negligenciam seu papel importante na edificação mútua (Hb 10.23-27). “O grande líder Josué fez uma reunião com toda a liderança do povo, alertando-os para o fato de que as tribos de Israel estavam se distanciando de Deus (Js 24.1). Ele começou lembrando todos os feitos de Deus e depois chamou a atenção para a necessidade de se manterem a serviço de Deus de forma clara. Hoje também precisamos avaliar se nossa família está servindo a Deus de forma clara e definida ou se há misturas estranhas em nosso meio. As famílias  crentes precisam  expor claramente,  em seu modo  de  vida, suas marcas de seguidor e adorador de Jesus. As marcas de uma família crente, diante do pecado tão visível na sociedade, devem saltar aos olhos de todos. Quanto mais o pecado se intensifica no comportamento da sociedade, mais a luz das famílias de Deus deve brilhar. [...] Ao pedir uma definição às tribos de Israel sobre a quem elas serviriam, Josué deixa claro que há um serviço religioso a ser feito. As famílias precisam se relacionar com Deus e essa relação é de servo para Senhor. Quando Deus não é o Senhor da família, alguma outra coisa vai ocupar o seu lugar, ainda que não declaradamente. O apóstolo Paulo, ao chegar à Grécia, viu um povo adorando um deus desconhecido (At 17.23). Essa passagem mostra os corações das pessoas ansiando por um Deus. Existem muitas outras passagens bíblicas que mostram povos se inclinando para deuses estranhos. Assim, uma família precisa se posicionar diante de Deus, caso contrário, outros “deuses” poderão seduzir sua alma e ganhar a atenção de seu coração. O homem é livre para escolher seu deus: “Escolhei hoje a quem sirvais”. E, ao escolher servir ao único Deus Eterno, é necessário se posicionar claramente quanto a isso.” Texto extraído dehttp://batistafluminense.org.br/revista/documentos/palavraevida_2_ano_2016 tipo_1_capitulo_11.pdf. Acesso em 29 Ago 16.]
4. Tendo um viver cristão. As crianças observam atentamente se agimos conforme o que ensinamos, ou se quebramos as regras por nós estabelecidas. Por isso, a melhor forma de ensinar-lhes a vida cristã é vivê-la cotidianamente. A boa conduta do crente, em casa, é útil para instruir os filhos, bem como para evangelizar os vizinhos. A nossa postura íntegra, contrastando com o estilo de vida deste mundo, haverá de atraí-los a Jesus. A atitude de Isaque quando da disputa dos poços certamente foi um testemunho vivo de paciência e mansidão para todos em sua casa  (Gn 26.18-22). [Comentário: “Para que a família seja de fato uma família a serviço de Deus, é importante começar com o comportamento e testemunho dentro de casa. Há pessoas que frequentam a igreja, tem um vocabulário que é puro “evangeliquês”, mas no dia a dia da família não demonstram serem servos do Deus altíssimo. Pecam no testemunho, no cuidado com a família, no carinho que negam, na falta de demonstração de amor, etc. Pior ainda quando essas pessoas falam mal da Igreja e do pastor, os filhos desta família dificilmente sentirão o desejo de servir a Deus. Por isso é importante saber que servir ao Senhor começa, impreterivelmente, dentro de casa, através do comportamento. Uma família que verdadeiramente serve a Deus procura andar com suas contas em dia, é simpática com a vizinhança, não fala da vida dos outros, seus membros não gritam uns com os outros dentro de casa, procuram ajudar aos mais necessitados, tem sempre um coração grato a Deus, enfim, o padrão dessa família é simpatia, empatia, felicidade e amor (1Tm 3.7).” Texto extraído dehttp://batistafluminense.org.br/revista/documentos/palavraevida_2_ano_2016_tipo_1_capitulo_11.pdf. Acesso em 29 Ago 16.]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"O ideal do Antigo Testamento é o de uma comunidade comprometida a viver para amar a Deus e os outros. A família deveria ser o foco da instrução. E o foco da  família era o pai e a mãe que louvavam a Deus e levavam a sério suas palavras (Dt 6.5,6). Mães e filhas trabalhavam juntas no lar, enquanto os filhos trabalhavam com os pais. Os pais tinham muitas oportunidades para imprimir a Palavra de Deus em seus filhos, explicando as coisas e as escolhas que fizeram como respostas às Palavras de Deus. As palavras eram faladas a respeito de Deus quando 'sentados em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te'. Dessa maneira, a experiência diária era o contexto para se ensinar o significado da Escritura, pois a instrução da Lei de Deus acontecia na sala de aula da vida. O exemplo de pais comprometidos, a intimidade do amor da família, e a oportunidade de ver como as implicações da Lei de Deus eram seguidas, construíram juntos o mais poderoso projeto educacional jamais imaginado. Filo, escrevendo no tempo do Novo Testamento, diz que os filhos 'são ensinados a crer em Deus, o único Pai e Criador do mundo, por assim dizer, desde o berço por seus pais, por seus professores, e por aqueles que os conduzissem, mesmo antes da instrução nas sagradas leis e costumes não escritos'" (RICHARDS, Lawrence O.  Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 123).

II. EVANGELIZANDO O CÔNJUGE

Em vez de abandonar o marido, ou a esposa, o cônjuge salvo deve procurar ganhá-lo para Cristo, conforme orienta Paulo aos coríntios (1 Co 7.12-14). [Comentário: Existem na Bíblia condições definidas com respeito à pessoa com quem o crente deve se casar. O ensino de que o casamento do povo de Deus deve ficar limitado aos da mesma fé é claro nas Escrituras. A pessoa crente não deve casar-se com alguém que não faça parte do povo de Deus, sob pena de estar em desobediência ao que foi preestabelecido por Deus em Sua Palavra (Dt 7.3-4; 1Rs 11.1-9; Js 23.12-13; Ne 13.23-27; Ml 2.11; 1Co 7.39; 2Co 6.14). No entanto, se a esposa ou o marido incrédulo consente em morar com o crente, Paulo diz que este não deve deixar o seu cônjuge. Deus nos chamou à paz. O incrédulo é santificado no convívio com o crente. Pode ser que a esposa ou o marido incrédulo seja salvo (1Co 7.12-14).]
1. Trazendo a esposa a Cristo. O marido crente ganhará a esposa para Cristo se agir conforme o modelo bíblico, amando-a e coabitando com ela com entendimento.
a) Amando-a como Cristo amou a Igreja (Ef 5.25). Jesus morreu por amor à igreja. Logo, o marido, à semelhança de Cristo, deve colocar os interesses da esposa à frente dos seus, e cuidar dela física, emocional e espiritualmente. Esposa alguma achará difícil submeter-se à liderança de um homem que lhe dedique tanta honra e apreço.
b) Coabitando com entendimento  (1 Pe 3.7). Como nova criatura, o esposo agirá segundo o caráter de Cristo, revelando as qualidades do fruto do Espírito (Gl 5.22). Ao permitir que o Espírito Santo lhe governe as atitudes, o marido será um exemplo de excelência cristã à esposa, atraindo-a Jesus. [Comentário: Ser casado com um incrédulo pode ser um dos desafios mais difíceis na vida de um Cristão. O casamento é um contrato sagrado que une duas pessoas em uma só carne (Mt 19.5). Pode ser muito difícil que um cristão e seu cônjuge incrédulo vivam em harmonia (2Co 6.14-15). Se uma pessoa se torna um Cristão depois do casamento, as dificuldades inerentes que surgem por viver sob duas autoridades diferentes se tornam bem aparentes. A Bíblia se dirige especificamente àqueles que são casados com incrédulos em 1 Coríntios 7.12-14: “Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos.” Cristãos casados com incrédulos precisarão orar que o poder do Espírito Santo os capacite a proclamar a Cristo e a viver com a constante lembrança da presença de Deus (1Jo 1.7). Eles devem pedir a Deus que Seu poder transformador mude seus corações e produza o fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.22-23). Uma esposa Cristã é obrigada a ter um coração submisso, até mesmo para com o seu marido incrédulo (1Pe 3.1), e ela vai precisar permanecer perto do Senhor e depender de Sua graça para poder viver de uma forma que agrada a Deus, mesmo em circunstâncias tão difíceis. Os Cristãos não devem viver vidas solitárias; eles precisam do apoio de outras fontes, tais como de sua igreja e de grupos de estudos bíblicos. Estar casado com um incrédulo não altera a santidade do relacionamento, por isso deve ser a prioridade de todo Cristão orar por seu cônjuge, ser um bom exemplo e permitir que a vida de Cristo brilhe fortemente para o mundo (Fp 2.14). Texto extraído de:http://www.gotquestions.org/Portugues/casada-incredulo.html]
2. Trazendo o esposo a Cristo. O grande desejo da mulher salva, cujo marido ainda está no mundo, é ganhá-lo para Cristo. O apóstolo Pedro mostra o passo a passo dessa tarefa (1 Pe 3.1-6).
a) Sujeitando-se a ele (v. 1a,6a). Ao submeter-se à autoridade do marido, "como Sara obedecia a Abraão", a esposa demonstra obediência a Deus. Sua atitude dócil, mas sábia e prudente, convencerá o marido de que servir a Jesus traz harmonia ao lar. Agindo assim, a mulher cristã saberá como aconselhar o esposo, afastando-o de atitudes erradas e desastrosas. [Comentário: Quando vivemos com um marido que ainda não conhece o Senhor Jesus, a nossa vontade é de, a cada oportunidade, ler a Palavra de Deus para ele, evangelizá-lo a todo instante. Mas a Bíblia nos diz que Deus não permite "que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido" (1Tm 2.12). Nós, se queremos que o Espírito Santo - que é O que nos convence "do pecado, e da justiça e do juízo" (Jo 16.8) - fale ao coração do nosso marido, então devemos seguir os passos e conselhos do nosso Pai Celestial, dados na Sua Palavra. Vejamos que passos são esses:
1- Demonstre bondade a seu marido: Deixe que ele veja, através das suas ações, que a graça e a bondade de Deus são derramadas, constantemente, em sua vida e que por isso você é uma pessoa cheia de graça e de bondade e que possui a beleza interior que agrada a Deus e, consequentemente, agrada também a seu marido. Você não é, somente, uma pessoa boa para seu marido como também para seus filhos, seus pais, amigos...animais. Aja de maneira tal que seu marido chegue mesmo a pensar assim: "Como é bom esse Deus que transformou a vida da minha esposa tornando-a essa pessoa maravilhosa, bondosa e que eu tanto amo!" "A mensagem da graça [e bondade] causa um impacto, não somente em seu relacionamento com Deus como também em outras pessoas. Quando você tem a íntima certeza de que nada pode ser feito para merecer o favor de Deus, e que Ele oferece de graça amor e bondade, você é livre para levar a graça [e a bondade] aos outros" e estes "outros" inclui o seu marido.
2- Demonstre humildade a seu marido
Querer ser humilde para agradar a seu marido é querer ter Deus como exemplo em sua vida, pois a humildade faz parte do caráter dEle. Salmo 113.5-6 diz o seguinte sobre Deus: "Quem é como o Senhor nosso Deus, que habita nas alturas? O qual se inclina, para ver o que está nos céus e na terra." Vemos aí que Deus é exaltado mas mesmo sendo um Deus Santo e exaltado, Ele se inclina para prestar atenção às coisas que criou. Vemos também no Salmo 18.35 o rei Davi agradecendo a Deus o livramento, a bondade e humildade do Senhor: "Também me deste o escudo da Tua salvação; a Tua mão direita me susteve, e a Tua mansidão me engrandeceu." Números 12.3 nos diz que Moisés era um homem manso, humilde. "E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra." E você? E eu? Será que Deus nos vê como via Moisés? Será que eu sou mansa aos olhos de Deus? Devo ser humilde e mansa assim como Moisés foi e como Deus é, para que assim eu possa ganhar o meu marido para Cristo. Não que eu deva fingir que sou mansa e humilde mas se, realmente não sou, devo colocar a minha brabeza, a minha intolerância, a minha impaciência aos pés de Jesus e, com certeza, Ele me transformará, pois Deus conhece muito bem o desejo do meu coração: conduzir meu marido a aceitar Jesus como Senhor e Salvador de sua vida.
3- Demonstre amor a seu marido: A Bíblia nos diz: "Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí" (Jr 31.3) "O amor não faz mal ao próximo" (Rm 13.10). O amor só faz bem. Ele atrai, traz o ímpio para junto do Senhor. Mesmo que meu marido, pelo seu agir, não mereça meu amor, devo amá-lo porque Deus na Sua sabedoria nos manda agir assim. Devemos seguir o exemplo do Senhor que nos ama apesar das nossas transgressões, infidelidade e desamor. O amor é apresentado na Bíblia, em 1Co 13.4-8a, de um modo tão maravilhoso que só mesmo vindo de um Deus tão maravilhoso e tão amoroso! "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha." Texto extraído de:http://solascriptura-tt.org/DoCoracaoDeValdenira/ComoLevarMeuMaridoDescrenteACristo.htm]
b) Pelo porte cristão (vv. 1,2). O porte cristão da esposa será revelado em palavras brandas, bom humor, atos de bondade e decisões inteligentes. Com tais qualidades, ela atrairá o marido a um encontro pessoal com o Senhor Jesus. [Comentário: Quando um se converte e outro não, deve aquele convertido ficar calado quanto às questões religiosas. Orar e jejuar e dar um ótimo testemunho de “nascer de novo” são as soluções melhores para que tudo vá bem e o cônjuge descrente seja salvo.]
c) Sem palavras (v. 1b). A melhor pregação da esposa crente é a sua conduta exemplar. Ela não irritará o esposo com falatórios e prédicas diárias; sua pregação sem palavras mostrará sua eficácia. [Comentário: “submissas a vossos próprios maridos, para que, se alguns ainda não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavra alguma, por meio do procedimento de suas esposas, ao observarem o vosso honesto comportamento cheio de grande temor” (1Pe 3.1,2). A união de duas pessoas completamente diferentes entre si é muito difícil e só terá sucesso se houver muito sacrifício de ambas as partes. A mulher busca no homem o amor e o homem busca na mulher a submissão. O grande problema é que o homem não sabe o que é o amor para a mulher e a mulher não sabe o que submissão para o homem. Amor para o homem tem a ver com sustento, segurança e provisão. Amor para a mulher tem a ver com datas importantes, palavras e atitudes românticas (elogios, flores, joias). Submissão para a homem significa ser respeitado, honrado, admirado, aprovação total e irrestrita em todas suas decisões. Submissão para a mulher é humilhação, sofrer espancamento, palavrões, desprezo, etc... Como se vê, dois seres completamente diferentes que devem se esforçar muito para compreenderem um ao outro e devem se respeitar como dois seres que pensam diferente, que gostam de coisas diferentes, mas que se amam e se respeitam como seres humanos. Texto extraído de: http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-vav-3tr12-adivisaoespiritualnolar.htm]
d) Pela beleza interior (vv. 3-5). A esposa salva não deve descuidar de sua aparência. Sabe, porém, que o adorno capaz de conquistar o marido para Cristo é o "espírito manso e quieto", que não se abala com as circunstâncias e vive em contentamento e gratidão. [Comentário: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo.” (Ec 3.11) Portanto, cada mulher, com o seu jeito único, é bela e especial aos olhos do Senhor! As Escrituras trazem muitos exemplos de mulheres atraentes, mas a beleza de uma mulher cristã vai muito além de um rosto atraente. A Bíblia diz em 1 Pedro 3.3-4 “O vosso adorno não seja o enfeite exterior, como as tranças dos cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos, mas seja o do íntimo do coração, no incorruptível traje de um espírito manso e tranquilo, que és, para que permaneçam as coisas.” A qualidade interior da alma deve ser o adorno da mulher cristã, mais do que a beleza exterior física ou material. Sua característica marcante deve ser sua natureza interior. Sua beleza física, mesmo que muito atraente, deve tornar-se opaca quando comparada a sua beleza espiritual.]

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

"Pedro ensina como uma esposa deve agir a fim de ganhar para Cristo o seu marido não salvo. (1) Ela deve ser submissa ao marido e reconhecer a sua liderança na família. (2) Ela deve conduzir-se de modo santo e respeitoso, com espírito manso e quieto. (3) Ela deve esforçar-se para ganhar o marido para Cristo, mais pelo comportamento, do que por suas palavras" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1941). A Palavra de Deus também apresenta ensinamentos para os maridos cujas esposas ainda não aceitaram a Cristo como Salvador. (1) Ame a sua esposa como Cristo amou a Igreja, ou seja, um amor altruísta e abnegado. (2) Coabite com sua esposa com entendimento, seja sábio em suas palavras e atitudes. (3) Suas ações devem ser coerentes com suas palavras. Viva aquilo que você prega.

III. EVANGELIZANDO OS PARENTES

Os parentes também podem ser alcançados para Cristo pelo bom testemunho e pela pregação do Evangelho.
1. Em tempos favoráveis. Uma bênção recebida, ou uma data especial, é sempre um bom motivo para um culto em ações de graças no lar. Então, imitemos Cornélio, que, amando seus parentes e amigos, convidou-os à sua casa para ouvir o Evangelho através de Pedro (At 10.24). [Comentário: Deus não faz acepção de pessoas, mas aceita qualquer pessoa que o obedece (At 10.34-35). Cornélio era um centurião da coorte, chamada italiana. A coorte consistia em seis centúrias, dez coortes formavam uma legião, então ser um centurião significava ser líder de cem homens, ou seja, Cornélio tinha um cargo que corresponderia a um capitão. Cornélio, visitado por um anjo, manda chamar a Pedro. Pedro relatou a história da vida de Cristo, falando do seu trabalho, sua morte e ressurreição, e da missão dos apóstolos de divulgar o evangelho (At 10.36-43). Com a exposição do evangelho feita por Pedro, aqueles converteram-se, o Espírito Santo veio sobre eles, dando-lhes o dom de línguas (vv. 44-46). Pedro entendeu este sinal de Deus como confirmação da aceitação dos gentios por Deus, e mandou que eles fossem batizados.]
2. Em tempos de crise. O cerco à cidade de Jericó impeliu Raabe a reconhecer o Deus de Israel como o seu Senhor. Graças à firmeza de sua decisão, os seus pais, irmãos e outros parentes foram poupados da destruição (Js 6.23,24). Quando a família é assolada por doenças, morte ou escassez, o crente apontará Jesus como a única solução. [Comentário: O comentarista judeu medieval Rashi afirma que ela era uma vendedora de alimentos no mercado em Jericó. O historiador do primeiro século dC Josefo menciona que Raabe manteve uma pousada, mas é omisso quanto a saber se apenas o arrendamento de quartos era sua única fonte de renda. No Novo Testamento Cristão, a Epístola de Tiago e a Epístola aos Hebreus seguem a tradição estabelecida pelos tradutores da Septuaginta no uso da palavra grega "πόρνη" (que geralmente é traduzido para o Português como "meretriz" ou "prostituta") para descrever Raabehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Raabe. Por causa de sua fidelidade ao povo de Deus, o Senhor a poupou, como também a toda a sua família quando da destruição de Jericó. Além de tudo isso, ela ainda casou com Salmon, viveu em Israel e foi a mãe de Boaz, aquele que se casou com Rute que foi a bisavó do rei Davi. Jesus, o nosso Senhor e Salvador foi, então, descendente de Raabe.]

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor, mostre aos alunos, utilizando o quadro abaixo, que para uma evangelização eficiente entre os parentes não crentes é necessário:

1. Mostrar de forma clara e concisa quem é Jesus e o que Ele fez para nos salvar.
2. Mostre a necessidade da salvação. Fale que todos pecaram, conte a história da Queda.  Leia Romanos 3.23.
3. Diga que Jesus morreu na cruz pelos nossos pecados. A morte e a ressurreição de Jesus é a solução para o homem pecador.
4. Mostre que a salvação é pela fé, mediante a graça de Deus.
5. Faça o apelo. O apelo deve ser claro e conciso.

CONCLUSÃO

“Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa”. Firmado nessa promessa, o novo convertido orará pela salvação de toda a sua família. E, através de seu testemunho, demonstrará o que o Evangelho fará na vida de quem recebe Jesus como o seu Salvador. A família salva buscará sempre uma oportunidade para falar de Cristo aos seus parentes e vizinhos. Não nos esqueçamos, igualmente, do fortalecimento espiritual de nossa família através do culto doméstico, do ensino bíblico e da frequência regular aos trabalhos da Igreja. E, dessa forma, ousemos afirmar como Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24. 15). [Comentário: Certamente alguém já usou o texto de Atos 16.31 para trazer alguma esperança às pessoas, dizendo que existe uma promessa de Deus na Bíblia que garante a salvação de todos os seus parentes, mais cedo ou mais tarde, se você crer em Jesus. Mas este texto não aponta para isso. O versículo 31 deve ser considerado à luz dos próximos versículos, que afirmam que a Palavra de Deus foi pregada a ele e a todos de sua casa (At 16.32) e, após isso, eles creram e foram batizados (At 16.33-34). A salvação daquelas pessoas veio através da pregação da Palavra e da fé em Jesus Cristo e não por causa da fé do carcereiro. Aqui está a importancia da exposição do evangelho, do seu ensino e testemunho, para alcançarmos muitos para o reino. Aquele carcereiro foi um condutor da graça de Deus à sua família, possibilitando à sua casa ouvir a mensagem. Resta-nos a lição de que devemos ter esperança na salvação da nossa parentela e trabalharmos para isso, de forma que cada um deles se renda ao senhorio de Cristo. Somos cooperadores com Deus nessa grande missão (1Co 3.9)] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.

Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br


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